Marina Silva


MARINA SILVA

Ando lendo tanta coisa verdadeira, bonita e digna sobre Marina Silva, que penso: o que mais dizer? Aliás, como dizer?
A palavra, essa sublime limitação, remete-me a pensar que tudo o mais que eu queira dizer, além de pouco expressivo, será insuficiente para falar sobre e de Marina.
Essa acreana, brasileira, cosmopolita, visionária, essa que é. Não precisamos definir Marina como ecológica, sustentável, ambientalista. Ela é. Quem pratica e vive em comunhão e consciência com a natureza, simplesmente é. Assim é Marina; ela não precisa sair por aí pregando a sustentabilidade, seu papel na política e na vida pública, mais que comprova o seu Ser integrado, uno e gentil com o natural.
E, além disso – que valhamos compreender é o mais importante, tendo em vista o mundo e o meio ambiente atual – Marina Silva nos faz relembrar o real significado da palavra política. E nos faz acreditar que essa pode ser reconstruída, viabilizada e dignificada como nunca no quadro da história do Brasil. E isso, não porque (ou tão somente) faz um discurso convincente, mas por ser tão transparente, a ponto de sensibilizar. Marina sensibiliza. E a sensibilidade é uma das graças mais importante a ser tocada dentro de um ser humano, pois é através dela que ampliamos a nossa conexão com tudo o mais que existe.
Ela liga à educação, a saúde, a cultura, o social, o planejamento à natureza; liga partidos e partidários; o Brasil e o mundo; o campo e o urbano; a sua suposta fragilidade com uma força incansável que a fez se posicionar frente a essa descarada e manipuladora forma de política brasileira e se considerar uma vitoriosa perante a sua candidatura à Presidência. E faz porque entende que é impossível fragmentar para governar; que é inviável estagnar uma parte para o funcionamento de outra; que é impossível querer acolher travando os braços. Que ninguém governa sozinho e que cada centímetro desse país é importante, e cada questão a ser resolvida precisa, antes de tudo, ser observada. Mais que um Governo, Marina quer Humanidade. Por ser inteligente, reconhece que a construção de um país melhor, passa, acima de tudo, por pessoas melhores.
Ela poderia discorrer da sua tocante biografia sabendo que os brasileiros, esse povo puramente emocional, sairiam comovidos – nasceu em palafita, dificuldades financeiras extremas, doenças várias, empregada doméstica, de analfabeta para pedagoga e por aí vai... - mas prefere usar o seu tempo mínimo comparado aos dos outros candidatos, para mostrar a sua força, integridade e verdade para o Brasil. Marina não é vítima (como muitos se colocam para subsidiar os votos dos eleitores), ela é a vitoriosa. Aquela que venceu não só a sua precária condição de vida, mas aquela que consegue vencer a cada instante a indignação com a corrupção e descaso da política brasileira, sobressair a ela e propor uma nova e mais justa forma de se fazer vida pública nesse país.
Marina comove sim. Mas com a sua postura íntegra, com as suas propostas reais, com a sua originalidade e competência, com a sua brasilidade no sentindo mais sublime e nobre de ser Brasil.
Analisar primeiramente as contradições de um candidato é o primeiro passo para votar com consciência. Marina é leal com ela mesma e dá aquilo que tem. Por isso, nunca foi contraditória; se expõe agora com transparência para que nós como eleitores votemos conscientes da sua postura, princípios e defesas.
Marina não mantém somente utopias, mantém clara para nós brasileiros, com visão ampla e próspera, a nossa realidade de abundantes recursos naturais, de fecundas terras, de infindáveis riquezas e propõe de forma inteligente e efetiva a sustentabilidade.
Nesses tempos onde a política perdeu o seu valor real, onde tudo é descrente e vergonhoso, falácia e tacanho; e o ser humano rompe a cada momento mais a ligação com ele mesmo e em conseqüência com o seu ambiente natural, fazer a escolha da Transformação e [Re] conexão é dar um importante e verdadeiro passo em direção ao crescimento em seu sentido mais vasto. Lutar, quando é fácil ceder. E acreditar e confiar que essa flor brotará do impossível chão.
Marina é uma Campeã da Terra, e espera com a sua devida singeleza e sobriedade, tornar-nos todos campeões.

Daniella Paula Oliveira
Setembro/2010

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