EXPOSIÇÃO Mandalas da Floresta

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A Floresta, com os seus cipós retorcidos e sagrados, suas raízes mais profundas que as digitais do tempo, seu cheiro de ambrósia e de verde lodo, sua terra escarlate de vida, e com o seu oxigênio tão puro e místico quanto à própria existência... Adentrou as Mandalas de Simone Bichara. E mais uma vez, vem colorir a íris de nossos olhos. Uma exposição completa de sons, odores, sabores e cores da Floresta...
Vivencie!
A produtora.

Vernissage dia 03/03/2011 - às 20h -com coquetel.
Exposição MANDALAS DA FLORESTA, no SESC Centro - Rio Branco/AC -
de 03 a 17/03/2011


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GAYA - ALDEIA DO SER

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SAÚDE , EQUILÍBRIO E SABEDORIA

Primeiro espaço holístico e Primeira Pousada Urbana Ecológica do Acre.

GAYA - ALDEIA DO SER

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GAYA - ALDEIA DOSER

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GAYA - Aldeia do Ser

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SAÚDE +PAZ+CULTURA+ECOLOGIA+VIDA COM QUALIDADE

A GAYA, primeiro Espaço Holístico e primeira Pousada Urbana Ecológica do Acre, situada em área de preservação ambiental,em meio à tranqüilidade da natureza,com estilo e arquitetura que valorizam a cultura amazônica e global tradicional,dedica-se especialmente aos processos que levam a integração do SER HUMANO,disponibilizando diariamente serviços e produtos que favorecem o seu bem-estar e saúde holística.Acreditamos fortemente que o desenvolvimento do indivíduo é o caminho da construção de sociedades sustentáveis e por conseqüência um mundo de PAZ que leve a evolução da vida no planeta GAYA – a TERRA.

Nossa Linha de serviços e produtos: Oferecemos diariamente diversas formas de terapias holísticas, através de atendimentos individuais, palestras,workshops e cursos. Dispomos ainda, de instalações hospedagem individual e de grupos,bem como eventos organizacionais;palestras,seminários,coquetéis e festas .Temos a opção de fazer um tipo de alimentação natural e regional.

Venha conhecer as belezas e riquezas da floresta amazônica acreana! A Gaya recebe você com conforto e qualidade e lhe proporciona um ambiente tranqüilo e em contato com a natureza.

Mandala KENÊS

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KENÊS*

Escreva nas minhas veias a escrita primordial. A mais original das candeias que aqui nos iluminou.
Borde em mim, com agulhas fagulhadas em urucuns, os kenês do seu povo bravo, bárbaro; incandescente de coragem, força e dor.
Tatue o amor (que eu já tenho me esquecido do seu valor).
Branca, assim como sou, preciso urgentemente da sua escrita delicada que sangra em corpos nus, nos nacos dessa floresta sem fim
.

Kenês retalhados. Símbolos ilibados. Códigos enleados.
Literatura construída no cimento verde das árvores roucas e dos pássaros mudos. Delineada por rabiscos tontos dos puros sensatos da paz. Daqueles que querem nada mais,
- que unidade orgânica e inorgânica com os demais
.

Venham índios, tribos, colossais...
Venham todos para a minha aldeia há tempo fragmentada
Junte as palavras (in) decifradas e fazem delas a escrita indígena dos seus matagais.
Traga para dentro de mim a mata azul e o rio lacrimoso; o ardiloso bailar dos seus pés.
Pinte-me com as pontas das asas das araras, para que eu possa voar com as suas graciosas sílabas, com as suas tênues palavras em forma de desenho poético.
Trace em mim o seu traço hermético.

Kenês de frutíferas imaginações, indagações e expressões.
Awê, caciques e pajés!
Salve os seus totens escritos e garatujados nos corpos e nas almas fagulhadas de luz.
Awê, Mandala Kenês!
Salve a contemplação que nos leva e nos eleva à Naná, aos Manás de Tupã, aos caboclos, índios e índias que há tempos escrevem em nós.
Que há tempos nos pitam com o jenipapo e o urucum, dessa Terra de todos e nenhum.
Awê, Kenês!


Daniella Paula Oliveira
...
Arte: Mandala Kenês - de Simone Bichara
Texto: Kenês - de Daniella Paula Oliveira
Do Projeto: A Mandala e a Palavra
*Kenês = escrita indígena

Delicadezas

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Algumas delicadezas para/com as Mandalas da Floresta...
Mais que "obrigadas", verdadeira gratidão.
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Entregando a Mandala Fogo à cantora Maria Bethânia - "Você é uma grande artista./ '...Essa moça é uma força" Maria Bethânia (em encontros, sobre a artista Simone Bichara)
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Artigo publicado em Revista Acadêmica pela a escritora cuiabana Daniella Paula Oliveira

Mais uma vez, a arte da vez

No artigo intitulado “O tênue sentir nas múltiplas nuances da obra de Simone Bichara” introduzi algumas das principais características do trabalho dessa artista. Como em quesito Arte há sempre tudo para se dizer e todos os motivos para se calar, volto a escrever sobre esse trabalho primoroso e arrebatador que são as Mandalas da Floresta. Da mesma forma como volto a silenciar e deixar incontáveis lacunas a serem preenchidas não só pelo tempo e demais apreciadores da obra de Bichara, como para a própria arte responder e indagar.
Como Salvador Dalí e sua “surrealidade”, retratando em “A persistência da memória”, duas das maiores preocupações humanas: o tempo e a memória; Simone Bichara retrata em cada peça do seu acervo de mandalas, as serenidades pungentes que ambiciona o ego humano. Clareando que, na visão espiritualista, o Ser humano já possui tais virtudes, sensações e sentimentos que dão nome as mandalas, embora, muitas vezes, esquecidos.
Inocência, integração, poder, força, alegria, energia, amor perdão... Alguns dos títulos que, segundo a artista, “vêm durante o processo de criação”.
Para nós que somos apenas observadores e apreciadores dos transformistas do trivial em extraordinário bastam-nos a análise (cética ou não) dessa expressão.
Começaremos saindo e retirando as mandalas de Simone Bichara do lugar comum. O que essa artista faz é muito mais que um trabalho alternativo, terapêutico e auto-realizador. Simone delineia traços, rabiscos, gotas, manchas, flores e simetrias em uma combinação harmônica e indiscutivelmente peculiar. Seu trabalho não se reduz em “mandalas”, são verdadeiras obras de arte idealizadas em madeiras recicladas em formas de círculos!
Há espaço, sem dúvidas, para o místico, a magia, o espiritual. Bichara nos conta que antes mesmo de conhecer o nome mandala, visualizava e pintava em qualquer papel os preciosos círculos. Esse movimento ocorreu enquanto a artista convivia com índios em suas aldeias, e imaginava que estava vendo o sol como eles viam. Por essa conotação cheia de simbologia e a própria carga de espiritualidade que as mandalas possuem, fica sendo impossível (e não é a intenção) separar o seu trabalho das nuances espirituais e místicas. Porém, o que propomos em analogia a isso, são as apreciações da substancialidade e as articulações artísticas usadas na composição das peças.
Um olhar mais atento ao conjunto da obra da artista nos revelará um trabalho de expressão e autenticidade que, distorce não só o nosso olhar para um possível processo meditativo (que segundo os orientais é a função da mandala), mas distorce para o que supúnhamos saber sobre o outro lado da arte; seu trabalho nos instiga a repensar nossos conceitos sobre cosmologia, adentrá-la e incluí-la na construção de uma obra de arte.
Simone Bichara ultrapassa a função e denominação da mandala, o que faz é algo legitimamente brasileiro e altamente original. Com expressões além de contemporâneas, todavia com os ensejos dramáticos que o humano moderno deseja. Não há encaixes e rótulos possíveis para a sua criação: ela transpõe o místico, atinge o mítico e o supera também. Excede os limites pertencentes ao zen, ao oriental, ao peregrino, para retratar a Floresta Amazônica, os kenês indígenas, as várias facetas da fé, tudo muito genuinamente brasileiro.
As Mandalas da Floresta é algo para qualquer cidadão desse país se orgulhar. Essa artista recriou de forma brasileiríssima uma representação milenar da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. Levando-nos não somente a tocar certa grandeza espiritual, porém, como toda verdadeira beleza e arte, a nos indagar e a nos redescobrir, e a deixar-nos ser conduzidos aos primórdios essenciais e às primazias futuristas.

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Encontro com o escritor acreano Isaac Melo (postagem original em: http://www.almaacreana.blogspot.com/)


MANDALAS COM ALMA ACREANA...


"Quando recentemente estive em Rio Branco, tive a oportunidade de visitar, na Procuradoria Geral do Estado do Acre, a exposição “Mandalas da Floresta”, da artista plástica acreana Simone Bichara. A seu convite, estive um final de tarde em seu Espaço Gaya - Aldeia do Ser, onde conversamos sobre sua obra e outras coisas mais, e pude apreciar e conhecer melhor outros trabalhos seus. Simone faz uma arte primorosa em que reúne a sabedoria e as cores da floresta e os sentimentos mais profundos do ser humano. Expresso aqui o meu carinho e agradecimento à Simone pelo privilégio em ter desfrutado de seu trabalho, e de sua amizade, a quem oferto os meus, singelos e sinceros, versos.

Em cada mandala
há uma força divina
uma alma que fala
uma luz que ilumina...
Não é fruto do pensamento
não nasce da ilusão
é verdadeiro sentimento
que brota do coração...
Mandalas da floresta
nacos da alma acreana
doce cantar, linda seresta
à um povo que ama...
É vida, é cura, é amor
é esperança que brotara
radiante de fervor
da alma de Simone Bichara...

Isaac Melo


(http://almaacreana.blogspot.com/2011/02/mandalas-de-alma-acreana.html)

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