Roda da Fortuna
Ah, poeta das coisas alheias, das migalhas maltrapilhas e das formigas destruídas...
Ah, gotas de orvalho equilibristas, que os ventos ébrios e gigantes sopram sem pudor...
Ah, marias santas e loucas, dos amores pungentes e vãos, das guerras férteis e infrutíferas...
Ah, folhas de outono desabridas, que os amantes não adornam e a literatura não as falam...
Vós todos possuem a fortuna!
Vós compelidos de olhares, mas reluzentes de delicadezas, possuem todo o tesouro.
Estão sagrados e sãos quando todos os julgam pérfidos – vós, senhores, estão girando sábios na Roda da Fortuna.
Pois sois vós, amados do tempo, quem morrem todas as noites despercebidos e renascem todos os dias nos despertar e despetalar das flores.
E que fazem da suavidade das pétalas o espasmo dos seus dias.
E que retiram das sutilezas dos detalhes toda a fortuna.
Vejam, reis hedonistas, governantes tacanhos, egos petrificados pela a ilusão do poder –
Vejam todos, o bailar do sol que possui toda a luz; as asas das borboletas que possuem todas as cores; o opaco da terra que possui todas as sementes; os pássaros que possuem todos os cantos; o misterioso sopro que movimenta todas as coisas...
Vejam a bravura contínua do mar que se estraçalha formando ondas infindáveis; a floresta desesperada de verde que o liquefaz em vida; o rio branco, negro, vermelho, amarelo que abrange as profundezas da terra e continua a desbravar a superfície; a eterna dança silenciosa das nuvens que modifica as estações...
Vejam o mistério da fortuna. E a roda viva em que ela vive.
Somos todos ricos!
Nobres na condição de existir.
Férteis na posição de possuir: vida na vastidão da existência.
A riqueza sóbria e real existe na energia de tudo que há.
E talvez seja isso que a mandala no seu mistério de luz, vem nos revelar.
Salve cantos de sabiá, toda a beleza que há; palavra, silêncio, clemência e dinheiro; salve a paz de um jardineiro; salve o brotar, preservar e colher; salve o nascer e o morrer; salve o ciclo eterno e próspero.
Salve tudo que no Universo habita – Agora, a Roda da Fortuna possibilita a saudação de tudo o que realmente significa.
Salve a Mandala e a sua contemplação mística!
Ah, poeta das coisas alheias, das migalhas maltrapilhas e das formigas destruídas...
Ah, gotas de orvalho equilibristas, que os ventos ébrios e gigantes sopram sem pudor...
Ah, marias santas e loucas, dos amores pungentes e vãos, das guerras férteis e infrutíferas...
Ah, folhas de outono desabridas, que os amantes não adornam e a literatura não as falam...
Vós todos possuem a fortuna!
Vós compelidos de olhares, mas reluzentes de delicadezas, possuem todo o tesouro.
Estão sagrados e sãos quando todos os julgam pérfidos – vós, senhores, estão girando sábios na Roda da Fortuna.
Pois sois vós, amados do tempo, quem morrem todas as noites despercebidos e renascem todos os dias nos despertar e despetalar das flores.
E que fazem da suavidade das pétalas o espasmo dos seus dias.
E que retiram das sutilezas dos detalhes toda a fortuna.
Vejam, reis hedonistas, governantes tacanhos, egos petrificados pela a ilusão do poder –
Vejam todos, o bailar do sol que possui toda a luz; as asas das borboletas que possuem todas as cores; o opaco da terra que possui todas as sementes; os pássaros que possuem todos os cantos; o misterioso sopro que movimenta todas as coisas...
Vejam a bravura contínua do mar que se estraçalha formando ondas infindáveis; a floresta desesperada de verde que o liquefaz em vida; o rio branco, negro, vermelho, amarelo que abrange as profundezas da terra e continua a desbravar a superfície; a eterna dança silenciosa das nuvens que modifica as estações...
Vejam o mistério da fortuna. E a roda viva em que ela vive.
Somos todos ricos!
Nobres na condição de existir.
Férteis na posição de possuir: vida na vastidão da existência.
A riqueza sóbria e real existe na energia de tudo que há.
E talvez seja isso que a mandala no seu mistério de luz, vem nos revelar.
Salve cantos de sabiá, toda a beleza que há; palavra, silêncio, clemência e dinheiro; salve a paz de um jardineiro; salve o brotar, preservar e colher; salve o nascer e o morrer; salve o ciclo eterno e próspero.
Salve tudo que no Universo habita – Agora, a Roda da Fortuna possibilita a saudação de tudo o que realmente significa.
Salve a Mandala e a sua contemplação mística!
Mandala Artística: Simone Bichara
Texto Poético: Daniella Paula Oliveira
Do Projeto "A Mandala e a Palavra"