CLARICE LISPECTOR

1 comentários



Clarice Lispector é o susto. Lê-la é despertar para uma consciência misteriosa, porém, muito atrativa e essencial.
Selecionamos algumas de suas frases que nos permite essa viagem por nós mesmos e em extensão à vida.
Sintam...

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
________
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
________
Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.

________
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
________
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
________
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.
_________
E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar.

Mandala "ALDEIA"

7 comentários


Aldeia

Ah, meus caros, indígenas, aborígenes, extraterrestres, todos e ninguém...
Se soubéssemos da Aldeia!
Ah, como seriam leves as relações.
Como seria fácil compreender todas as estações.
E pouco precisaríamos de tantas explicações.

Se conscientizássemos da Aldeia
Participaríamos todos da mesma ceia
E apreciaríamos o mesmo alimento.

O contentamento, esse estaria intricado no pulsar de cada um
Pois haveria gratidão por todos os orvalhos nos ofertados
E por todos os apertos de mãos firmados.

Amados, se houvesse em nós a percepção da Aldeia
Pouco importaria as questões de uma abelha
Pois saberíamos cuidar da colméia, e assim, todas elas viveriam numa eterna primavera.

A mais bela quimera se aportaria em nossos corações
E as paixões flutuantes serviriam apenas para soprar ao entusiasmo
E o marasmo iria para longe...

A paz dos monges viveria entre nós
E a batalha do eu e você seria desfeita no abraço da harmonia
E assim, a poesia alegre e reluzente escreveria em versos e prosas belezas para toda gente.

Se despertássemos para a Aldeia
O encanto seria infalível
Acreditaríamos nas nossas palavras, e elas seriam amálgamas de puros sonhos.

Viveríamos no Reino Verde das Florestas
E ouviríamos as mais belas serestas do fundo Mar.
E o Rio, esse viveria sempre na irregular conjunção para que eu rio.

O frio, o calor, o vento e o ar
Qualquer coisa na mesma proporção de amar.
Porque enfim, compreenderíamos que estamos todos na mesma Aldeia
Semeando e compartilhando a nós mesmos, nascendo e findando na mesma proporção de Eternidade.

Já que a Aldeia não tem idade e tão pouco, identidade
Que a chamemos de Unidade!


Mandala de Simone Bichara – Texto de Daniella Paula Oliveira

Um artista chamado "Edu. O."

5 comentários
Eduardo Oliveira, nosso querido Edu, é uma pessoa com tantos dons e qualidades; senhor de uma alma rara, alegre, generosa, criativa, que toca você desde o primeiro encontro e te marca para sempre como um exemplo que você deve lembrar mirar, se espelhar nos caminhos da vida. Alguém que faz a diferença no mundo de hoje. Que faz da arte e da poesia, meios de melhorar o mundo em que vivemos.
Resolvi fazer essa pequena homenagem ao Edu em meu blog, mas meu principal objetivo é fazer com que mais pessoas conheçam os trabalhos que ele realiza.
Acredito que o Edu seja um grande mestre para todos nós.
Meu carinho Edu!


Edu O. graduou-se no curso de Bacharelado em Artes Plásticas em 2001 pela Escola de Belas Artes da UFBA e concluiu Especialização em Arteterapia pela UCSAL em 2004. Estreou carreira de dançarino com o Grupo Sobre Rodas...? em 1998. Em 1999 começou suas pesquisas junto ao Grupo X de Improvisação em Dança. Destaque para o espetáculo Os 3 Audíveis - Ana, Judite e Priscila, vencedor do Prêmio FUNARTE Klaus Vianna 2007, Edital de Ocupação de Espaço da Caixa Cultural 2008, Edital Tô no Pelô 2008 - FUNCEB e Plataforma Internacional de Dança 2009, Alvuras Edital Yanka Rudzka 2010 de apoio a montagem de espetáculo de dança (FUNCEB).


Até 2012 participará do projeto Unlimited, da Candoco Dance Company, para apresentações nas Olimpíadas Culturais de Londres.

Em 2011 deu continuidade ao projeto Contato Sutil, iniciado no ano anterior, uma parceria com a Marinha da Bahia, ministrando oficinas de dança para pessoas com deficiência e seus cuidadores, atendidos pelo Programa de Atendimento Especial, dessa instituição. Neste mesmo ano, foi aprovado no Edital Quarta Que Dança-FUNCEB, com o projeto de intervenção urbana Ah, se eu fosse Marilyn!

Em 2010 foi um dos idealizadores do 1º Encontro de Dança Inclusiva. O que é isso?, sendo também curador deste evento. Ainda neste ano foi o vencedor do Prêmio Festival Vivadança, do Teatro Vila Velha, com o projeto Odete, traga meus mortos; apresentou- se na 3º Mostra Lugar Nômade Dança promovida pela Cia Corpos Nômades (SP) com o espetáculo Judite quer chorar, mas não consegue!, que ganhou neste mesmo ano o Edital de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural; foi convidado pela produtora Pensamento Tropical a participar de residência artística em Itacaré e Salvador, na programação do Projeto do Ar (Prêmio Klauss Vianna /FUNARTE 2010); realizou também o espetáculo O Corpo Perturbador, vencedor do Edital Yanka Rudzka 2009. Ministrou a oficina 1 min. e ½ de Instantes Poéticos no Palacete das Artes Rodin Bahia,
projeto vencedor do edital do IPAC.

Em 2009 participou do espetáculo Tempête a 13º Sud do francês, diretor de teatro, Gilles Pastor, baseado em A Tempestade de Shakespeare, integrando a programação do Ano da França no Brasil com apresentações em Salvador e Lyon. Também foi convidado para residência junto a Cia Artmacadam/França dentro do projeto Outras Danças, promovido pela FUNARTE e FUNCEB. Com esta companhia, participa desde 2004, junto ao Grupo X, como produtor, dançarino e coreógrafo do intercâmbio Euphorico, residência artística, alternadamente na França e na Bahia.

Edu O. estreou seu primeiro projeto coreográfico independente Judite quer chorar, mas não consegue! em Outubro de 2006. Tem sido convidado para apresentações, oficinas e congressos com temas relevantes em dança contemporânea, Arteterapia ou Dança Inclusiva, no Brasil e no exterior, tais como: (2009) Festival Internacional de Londrina (Paraná), I Seminário e Mostra Nacional de Dança-Teatro (Viçosa-MG), (2008) Oficina Nacional de Indicação de Políticas Públicas Culturais para Pessoas com Deficiência – FIOCRUZ e MINC (RJ); (2007) Projeto Danceability Brasil 2007/São Paulo do coreógrafo americano Alito Alessi para o espetáculo Joy Lab Research, Rencontres Chorégraphiques d’Autome au Pradet – l’Espace des Arts (Le Pradet/França), Théâtre de la Joliette La Minoterie (Marseille/França), I Congresso Latino-Americano e II do MERCOSUL de Arteterapia (Buenos Aires-Argentina) -Palestrante com a pesquisa O Corpo como metáfora; (2005) 1º Encontro de Arteterapeutas do MERCOSUL (RJ); (2004) Festival de Arte, Criatividade e Recreação na Ilha da Madeira Portugal; Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa; Feira de Arte de Münster - Alemanha.




porque há poesia



"porque a poesia me cura do que não tem curaa poesia que vejo, a poesia que rio, a poesia que leio... porque em tudo há esta poesia que teima em não largar meus olhos." Edu. O.



Conheça mais sobre o artista e os seus trabalhos em:




Pages