Algumas delicadezas para/com as Mandalas da Floresta...
Mais que "obrigadas", verdadeira gratidão.
Mais que "obrigadas", verdadeira gratidão.
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Entregando a Mandala Fogo à cantora Maria Bethânia - "Você é uma grande artista./ '...Essa moça é uma força" Maria Bethânia (em encontros, sobre a artista Simone Bichara)
________________________________________________________________Artigo publicado em Revista Acadêmica pela a escritora cuiabana Daniella Paula Oliveira
Mais uma vez, a arte da vez
No artigo intitulado “O tênue sentir nas múltiplas nuances da obra de Simone Bichara” introduzi algumas das principais características do trabalho dessa artista. Como em quesito Arte há sempre tudo para se dizer e todos os motivos para se calar, volto a escrever sobre esse trabalho primoroso e arrebatador que são as Mandalas da Floresta. Da mesma forma como volto a silenciar e deixar incontáveis lacunas a serem preenchidas não só pelo tempo e demais apreciadores da obra de Bichara, como para a própria arte responder e indagar.
Como Salvador Dalí e sua “surrealidade”, retratando em “A persistência da memória”, duas das maiores preocupações humanas: o tempo e a memória; Simone Bichara retrata em cada peça do seu acervo de mandalas, as serenidades pungentes que ambiciona o ego humano. Clareando que, na visão espiritualista, o Ser humano já possui tais virtudes, sensações e sentimentos que dão nome as mandalas, embora, muitas vezes, esquecidos.
Inocência, integração, poder, força, alegria, energia, amor perdão... Alguns dos títulos que, segundo a artista, “vêm durante o processo de criação”.
Para nós que somos apenas observadores e apreciadores dos transformistas do trivial em extraordinário bastam-nos a análise (cética ou não) dessa expressão.
Começaremos saindo e retirando as mandalas de Simone Bichara do lugar comum. O que essa artista faz é muito mais que um trabalho alternativo, terapêutico e auto-realizador. Simone delineia traços, rabiscos, gotas, manchas, flores e simetrias em uma combinação harmônica e indiscutivelmente peculiar. Seu trabalho não se reduz em “mandalas”, são verdadeiras obras de arte idealizadas em madeiras recicladas em formas de círculos!
Há espaço, sem dúvidas, para o místico, a magia, o espiritual. Bichara nos conta que antes mesmo de conhecer o nome mandala, visualizava e pintava em qualquer papel os preciosos círculos. Esse movimento ocorreu enquanto a artista convivia com índios em suas aldeias, e imaginava que estava vendo o sol como eles viam. Por essa conotação cheia de simbologia e a própria carga de espiritualidade que as mandalas possuem, fica sendo impossível (e não é a intenção) separar o seu trabalho das nuances espirituais e místicas. Porém, o que propomos em analogia a isso, são as apreciações da substancialidade e as articulações artísticas usadas na composição das peças.
Um olhar mais atento ao conjunto da obra da artista nos revelará um trabalho de expressão e autenticidade que, distorce não só o nosso olhar para um possível processo meditativo (que segundo os orientais é a função da mandala), mas distorce para o que supúnhamos saber sobre o outro lado da arte; seu trabalho nos instiga a repensar nossos conceitos sobre cosmologia, adentrá-la e incluí-la na construção de uma obra de arte.
Simone Bichara ultrapassa a função e denominação da mandala, o que faz é algo legitimamente brasileiro e altamente original. Com expressões além de contemporâneas, todavia com os ensejos dramáticos que o humano moderno deseja. Não há encaixes e rótulos possíveis para a sua criação: ela transpõe o místico, atinge o mítico e o supera também. Excede os limites pertencentes ao zen, ao oriental, ao peregrino, para retratar a Floresta Amazônica, os kenês indígenas, as várias facetas da fé, tudo muito genuinamente brasileiro.
As Mandalas da Floresta é algo para qualquer cidadão desse país se orgulhar. Essa artista recriou de forma brasileiríssima uma representação milenar da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. Levando-nos não somente a tocar certa grandeza espiritual, porém, como toda verdadeira beleza e arte, a nos indagar e a nos redescobrir, e a deixar-nos ser conduzidos aos primórdios essenciais e às primazias futuristas.
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Encontro com o escritor acreano Isaac Melo (postagem original em: http://www.almaacreana.blogspot.com/)
MANDALAS COM ALMA ACREANA...
"Quando recentemente estive em Rio Branco, tive a oportunidade de visitar, na Procuradoria Geral do Estado do Acre, a exposição “Mandalas da Floresta”, da artista plástica acreana Simone Bichara. A seu convite, estive um final de tarde em seu Espaço Gaya - Aldeia do Ser, onde conversamos sobre sua obra e outras coisas mais, e pude apreciar e conhecer melhor outros trabalhos seus. Simone faz uma arte primorosa em que reúne a sabedoria e as cores da floresta e os sentimentos mais profundos do ser humano. Expresso aqui o meu carinho e agradecimento à Simone pelo privilégio em ter desfrutado de seu trabalho, e de sua amizade, a quem oferto os meus, singelos e sinceros, versos.
Em cada mandala
há uma força divina
uma alma que fala
uma luz que ilumina...
Não é fruto do pensamento
não nasce da ilusão
é verdadeiro sentimento
que brota do coração...
Mandalas da floresta
nacos da alma acreana
doce cantar, linda seresta
à um povo que ama...
É vida, é cura, é amor
é esperança que brotara
radiante de fervor
da alma de Simone Bichara...
Isaac Melo
(http://almaacreana.blogspot.com/2011/02/mandalas-de-alma-acreana.html)
10 de fevereiro de 2011 às 18:26
Simone estou super feliz por vc ter me atentado para essa postagem. Quanta beleza e merecimento. linda mandala que deu para a cantora bethania.
abraços,
sarah
10 de fevereiro de 2011 às 18:32
nossa, que surpresa bacana. São delicadezas merecidas sem dúvidas.
a foto com a Maria Bethania ta linda e ela feliz ao receber o presente, o texto da Daniella é muito bem escrito e verdadeiro e o poema do Isaac é delicado.
Adorei a publicação. volte sempre, nao suma.
beijos
11 de fevereiro de 2011 às 01:51
Simone, quanto tempo!!!!!
Estava de viagem a França. Que postagem bonita, não tenho dúvidas de que toda essa atenção é merecida, o seu trabalho é lindo, perfeito.
É bom estar de volta.
Luz,
Mariah
11 de fevereiro de 2011 às 02:23
"Como em quesito Arte há sempre tudo para se dizer e todos os motivos para se calar..." que digam sempre e digam mais, porque o seu trabalho é realmente maravilhoso!
11 de fevereiro de 2011 às 03:43
Simoneee
que abraço mais gostoso esse da maria bethania. Que mimos merecidos.
11 de fevereiro de 2011 às 06:32
Simone e Daniella,
eu vim. E vim com a maior alegria e prazer do mundo.
A postagem está maravilhosa e como já foi dito, tudo isso é merecido, pois o trabalho da Simone é divino.
Parabéns.
Abraços
Soraia
11 de fevereiro de 2011 às 15:30
"As Mandalas da Floresta é algo para qualquer cidadão desse país se orgulhar" Com certeza.
Ta tudo lindo aqui.
Beijos
12 de fevereiro de 2011 às 10:22
Simone,
Eu adorei o texto da Daniela sobre o seu trabalho. Bem contextualizado onde ela não só valoriza o seu trabalho, como deve ser, mas nos mostra outro olhar para o mesmo.
Salvei o texto, quero mostrara para um professor.
Grande abraço
14 de fevereiro de 2011 às 01:35
Obrigado Simone por tão belo trabalho!
abraços!
16 de fevereiro de 2011 às 08:14
Lindo, Simone!!!!
é tudo merecido o seu trabalho é realmente "uma força divina", como disse o Isaac.
abs