VITRAIS
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Nos cacos de vidros dos vitrais existe sempre uma comunhão de sinais.
Seu efeito miraculoso e retalhado é um espectro probo de um íntimo motriz.
Onde por meio das suas fagulhas e labirintos, desenhamos a enigmática efígie da nossa essência.
Os vitrais d’alma nos conduzem as reminiscências primordiais:
Textos védicos, músicas medievais, trovadores apaixonados, paisagens góticas, versos alexandrinos, deuses antropomórficos, as novelas de cavalarias, as iguarias...
As sutilezas para ser romântico, as alegrias para ser autêntico, as sensibilidades para ser sábio, as pequenezas para ser grande, as simplicidades para ser inteiro.
Dentro dos prismas que compõem vitrais o mistério faz sua morada.
Dentro da alma de luz plácida, mosaicos de vidros formando vitrais.
Dentro de cada vitral, um quintal, um roseiral; uma flecha, uma mescla de cor e som.
Lá dentro, de cada meticulosa composição vitral, vivem almas perfumadas, gotas de orvalho crepusculares, flores surpreendidas por primaveras, sonhos de asas, anjos adormecidos, melodias esquecidas, pétalas carmim, livros angustiados, mares nunca navegados, árvores abraçadas, rouxinóis em harmonia, sol e lua no mesmo dia; mandala em sua própria contemplação, colando os cacos com precisão e construindo vitrais em nossos corações.
Seu efeito miraculoso e retalhado é um espectro probo de um íntimo motriz.
Onde por meio das suas fagulhas e labirintos, desenhamos a enigmática efígie da nossa essência.
Os vitrais d’alma nos conduzem as reminiscências primordiais:
Textos védicos, músicas medievais, trovadores apaixonados, paisagens góticas, versos alexandrinos, deuses antropomórficos, as novelas de cavalarias, as iguarias...
As sutilezas para ser romântico, as alegrias para ser autêntico, as sensibilidades para ser sábio, as pequenezas para ser grande, as simplicidades para ser inteiro.
Dentro dos prismas que compõem vitrais o mistério faz sua morada.
Dentro da alma de luz plácida, mosaicos de vidros formando vitrais.
Dentro de cada vitral, um quintal, um roseiral; uma flecha, uma mescla de cor e som.
Lá dentro, de cada meticulosa composição vitral, vivem almas perfumadas, gotas de orvalho crepusculares, flores surpreendidas por primaveras, sonhos de asas, anjos adormecidos, melodias esquecidas, pétalas carmim, livros angustiados, mares nunca navegados, árvores abraçadas, rouxinóis em harmonia, sol e lua no mesmo dia; mandala em sua própria contemplação, colando os cacos com precisão e construindo vitrais em nossos corações.
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Mandala de Simone Bichara
Texto de Daniella Paula Oliveira
Do projeto "A Mandala e a Palavra".
17 de novembro de 2010 às 07:10
Essa negrinha é boa, muito boa.
A Dani sempre foi assim, de uma sensibilidade rara, especial, própria. Sempre teve sua maneira de observar e dizer. Sou fã número 1.
Observem esse texto; essa poesia. Ela tem sonoridade sem rima, tem delicadeza e densidade. Já disse a ela que esse trabalho que vcs realizam juntas é mto bonito, é de uma simbiose, como se vcs: pintasse e escrevesse uma pra outra.
Não devem parar, faz bem pra vcs e muito + p/ quem lê.
Parabéns pelo o trabalho, Simone.
Suas mandalas são lindas e exclusivas.
E parabéns a escritora, ao projeto que deve se firmar e ao belíssimo espaço, de uma estética e visual extraordinários (eu quero ummmmmmmmm).
Beijos p/a dona do dom das palavras, Daniella Paula Oliveira, e para a artista com o seu maravilhoso trabalho.
Eliza Nunes
17 de novembro de 2010 às 11:21
Devia sair um livro.
Esse é um dos poemas mais bonitos sobre as mandalas.
E a mandala é maravilhosa, gostei bastante dessa e da quarta de cima pra baixo.
quando e onde sera sua proxima exposiçao? ja tem agenda?
Um abraço,
Silvia
18 de novembro de 2010 às 08:03
Ola!
Primeiro deixa eu dizer que esse blog é lindo. combinou bem a floresta do design e as suas mandalas.
e que seu trabalho é maravilhoso, ñ vemos mandalas tao bonitas assim em qualquer lugar.
e depois que essa ideia de escrever sobre elas é fantastica, e a escritora faz mto bem. são coisas lindas e como disse a amiga ai de cima devia sair um livro.
e que eu tbm gostaria de saber qdo e onde sera sua proxima exposiçao. como anda a sua agenda... ja pensou em PE?
eu nao se eu podia mas salvei esse poema e mandei pra algumas pessoas esse e mais alguns que estao na lateral.
explica pra mim, por favor, como é esse projeto?
é mto bom a mandala e a poesia
um abraço fraterno,
Danilo Nobrega
18 de novembro de 2010 às 15:29
afz!
texto mais lindo em ritmo com a mandala!