Fragmentos
Cada naco de terra marrom e verde-lodo
Cada sorriso dourado de esperança do sagrado sol
Cada peixe, algas e grãos de areia que compõem o oceano
Cada singelo ano da imponente eternidade
Cada mistério por trás de pueris pensamentos
Cada acaso entremeado nos sutis momentos
Tudo aparentemente tão fragmentado
No atropelado barulho da mente;
Mas quando os olhos se cerram para dentro,
Quando voltamos à atenção para o Centro,
Percebemos com contentamento a imensidão de fagulhas formando o Universo.
E mesmo quando vivemos o inverso
O som e ação ecoam para o Vento do Eterno...
Quando arraigamos a nossa razão nas raízes do Bem
E as nossas emoções nos princípios da Beleza
É tão natural quanto o brotar de flores primaveris
Termos em nós a Generosidade e a Nobreza;
Formados de pequenas centelhas de virtudes,
De fragmentos sagrados ao contemplar a natureza
Vamos encontrando em nós a harmonia perfeita dessa Realeza.
O fogo aceso da Vontade que impera sobre as nossas caprichosas quimeras
E a latente luz, que mesmo estando ofuscada pela a dureza do egoísmo, radiosa vive em nosso íntimo
Vão tecendo o bordado da Unidade, com as pequenas parcelas de amor que depositamos nos fragmentados atos.
E assim, entrelaçados de pureza e ideal descobrimos em nós o Mundo,
E no Mundo o Ideal.
E de toda a perfeição imaginável
A inesgotável fonte de sonhos
E toda a possibilidade de realidade.
Saberemos, então, direcionarmos os nossos tantos Eus.
E com a delicadeza de mãos que já aportam em si à beleza do carinho, vamos retirando as máscaras do nosso caminho.
Usando a nossa fragmentada personalidade pela tão estonteante Unidade.
O fragmento das coisas ditas alheias
São tão fundamentais para a construção de firmes teias
Quanto à intenção de morada da aranha.
Tanto quanto os fragmentos que sustentam os nossos sonhos
São essenciais para engendrar os nossos mais palpáveis planos.
Quem, no entanto, não é inteiro nos instantâneos gestos
Jamais será preenchido com a colossal beleza do Universo!
Mandala de Simone Bichara – Texto de Daniella Paula Oliveira
Cada naco de terra marrom e verde-lodo
Cada sorriso dourado de esperança do sagrado sol
Cada peixe, algas e grãos de areia que compõem o oceano
Cada singelo ano da imponente eternidade
Cada mistério por trás de pueris pensamentos
Cada acaso entremeado nos sutis momentos
Tudo aparentemente tão fragmentado
No atropelado barulho da mente;
Mas quando os olhos se cerram para dentro,
Quando voltamos à atenção para o Centro,
Percebemos com contentamento a imensidão de fagulhas formando o Universo.
E mesmo quando vivemos o inverso
O som e ação ecoam para o Vento do Eterno...
Quando arraigamos a nossa razão nas raízes do Bem
E as nossas emoções nos princípios da Beleza
É tão natural quanto o brotar de flores primaveris
Termos em nós a Generosidade e a Nobreza;
Formados de pequenas centelhas de virtudes,
De fragmentos sagrados ao contemplar a natureza
Vamos encontrando em nós a harmonia perfeita dessa Realeza.
O fogo aceso da Vontade que impera sobre as nossas caprichosas quimeras
E a latente luz, que mesmo estando ofuscada pela a dureza do egoísmo, radiosa vive em nosso íntimo
Vão tecendo o bordado da Unidade, com as pequenas parcelas de amor que depositamos nos fragmentados atos.
E assim, entrelaçados de pureza e ideal descobrimos em nós o Mundo,
E no Mundo o Ideal.
E de toda a perfeição imaginável
A inesgotável fonte de sonhos
E toda a possibilidade de realidade.
Saberemos, então, direcionarmos os nossos tantos Eus.
E com a delicadeza de mãos que já aportam em si à beleza do carinho, vamos retirando as máscaras do nosso caminho.
Usando a nossa fragmentada personalidade pela tão estonteante Unidade.
O fragmento das coisas ditas alheias
São tão fundamentais para a construção de firmes teias
Quanto à intenção de morada da aranha.
Tanto quanto os fragmentos que sustentam os nossos sonhos
São essenciais para engendrar os nossos mais palpáveis planos.
Quem, no entanto, não é inteiro nos instantâneos gestos
Jamais será preenchido com a colossal beleza do Universo!
Mandala de Simone Bichara – Texto de Daniella Paula Oliveira
9 de fevereiro de 2012 às 05:17 Este comentário foi removido pelo autor.
9 de fevereiro de 2012 às 05:19
Dani,seus textos expressam a sabedoria de sua alma... Grata por enobrecer minhas mandalas! Meu carinho.
Simone Bichara
9 de fevereiro de 2012 às 18:25
me senti plena...plena.
11 de fevereiro de 2012 às 05:39
É como digo, as mandalas de Simone Bichara e os textos da Daniella são almas gêmeas. Nós é que somos privilegiados duplamente pela pintura e a poesia.
Abraços!
11 de fevereiro de 2012 às 18:25
Quem, no entanto, não é inteiro nos instantâneos gestos
Jamais será preenchido com a colossal beleza do Universo!
Meu Deus, quanta sabedoria!
Lindo demais, ambos.
14 de fevereiro de 2012 às 10:16
Percebo uma sintonia intensa entre os trabalhos artísticos da Simone (minha querida Nirupa) e da escritora Daniella, que mostra uma maturidade e profundidade incrível, ao mesmo tempo permeado de um simplicidade revigorante, pouco vista em escritores na atualidade. Sempre ver e ler essas obras tem sido um bálsamo para mim. Que os Budas das Dez Direções continuem inspirando ambas. Namastê!!!
16 de fevereiro de 2012 às 12:30
Pelos os deuses, nunca nos deixem sem isso!